quinta-feira, 10 de outubro de 2013

ESCOLAS ESTADUAIS EM GREVE DESDE O DIA 23/09/2013



As escolas da rede estadual de ensino (maioria) aderiram a greve dos servidores públicos do Estado do Pará, compreendendo professores e bancários, desde o dia 23 de setembro de 2013, cujas reivindicações perpassam por melhoria na infraestrutura física das instituições, hora atividade, gratificação de titularidade, dentre outras.
Alguns protestos vêm sendo organizados tanto na capital como nas cidades do interior do Estado, a agenda da greve é repleta de manifestações, atos, reuniões, enfim, os servidores que encontram-se na linha de frente de negociação não estão parados, pelo contrário, estão cada vez mais mobilizados no intuito de resolver esta situação que é incômoda para a população e para os próprios servidores, pois estes têm consciência do atraso no calendário do ano letivo e tem consciência ainda do prejuízo à vida escolar dos alunos como um todo.
Assim, as últimas notícias da greve extraídas do Blog Gazetando, do professor Aurismar Queiroz, nos dizem que haverá um grande ato público amanhã (11/10/13), quando estarão presentes servidores estaduais da rede bancária e de educação, o horário marcado para ter início será às 09 da manhã. Local: Praça São Francisco Cidade Nova, em frente a 4ª URE.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

PLATAFORMA GEEKIE GAMES - O ENEM É O FOCO!

Atenção galera!

O Governo do Estado do Pará através do ProEMI e PJF traz aos estudantes em geral uma plataforma de estudo voltada exclusivamente para o ENEM. Trata-se de um programa especialmente criado para atender as necessidades daqueles que pretendem ingressar no ensino superior e o Exame Nacional do Ensino Médio é a porta de entrada para o mesmo.
Para se cadastrar basta você acessar o site: www.geekiegames.com.br e especificar a escola que você encontra-se matriculado (E.E.E.M. Professor Jonathas Pontes Athias), podendo ser de qualquer escola da rede estadual de ensino.
Há uma série de atividades interativas que vêm ampliar o conhecimento já adquirido em sala de aula. A linguagem é simples, acessível, rápida.. vocês irão gostar!! podem acreditar!

Acesse já!

www.geekiegames.com.br


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Aulões preparatórios para o ENEM 2013

A Escola JPA a exemplo do que já vem ocorrendo em anos anteriores, vem desenvolvendo aulões aos sábados, nos horários das 16 às 20 horas, para alunos e alunas que têm interesse em ampliar seus conhecimentos referentes aos conteúdos trabalhados no Exame Nacional do Ensino Médio. Assim, a cada sábado tem uma aula diferenciada, especialmente pensada para atender este público. Tivemos a participação dos professores Elton Jean Peixoto (geografia); José Evandro Alves (matemática); Markinhos Leal (história); Eliene Neres (redação); Silvio Santos (matemática); Thiago Costa (química); dentre outros que, voluntariamente, prestam este belíssimo trabalho! Obrigada a todos que acreditam na educação e que contribuem concretamente para uma mudança nos caminhos destes jovens!


Em tempo: neste sábado (14/09/13), o aulão acontecerá excepcionalmente na Escola Técnica Europa, tendo em vista a Escola Jonathas ter sido cedida neste próximo final de semana para um evento religioso. Não perca galera! Aguardarei vocês lá!

Abraços!

Por:Sandra Brandão

Confraternização entre funcionários e alunos da escola: niver da Sandra

Aconteceu na primeira semana de setembro na sala dos professores da escola uma "festinha surpresa" em comemoração ao meu aniversário, gente foi muito bacana! tinham alunos, professores, demais colegas de trabalho... houve um jantar saboroso e ainda tivemos a participação dos DJs Leones e Kelcicley! Só quero registrar aqui meu agradecimento sincero a todos e dizer que são muito importantes para mim.. Valeu mesmo!


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

DIA DO FOLCLORE É HOMENAGEADO NA ESCOLA JONATHAS ENSINO MÉDIO

Sob a organização do professor de Língua Portuguesa e Literatura, Paulo Sergio Santana, foi realizada uma Noite do Saber Popular na Escola, onde houve a presença de convidados ilustres do Exército Brasileiro e também da LINAKE (Liga Marabaense de Karatê). Os militares do Exército levaram para o interior da escola a Tradição Gaúcha, fizeram um saboroso churrasco à moda gaúcha, acompanhado do famoso arroz carreteiro, caracterizaram seu espaço com uma barraca do exército e banners homenageando o Dia do Soldado que será dia 25 de agosto. Palestraram para o alunado acerca da Guerra da Farroupilha e ressaltaram a importância de uma nação unida.
O professor Paulo, nosso anfitrião da noite, explanou sobre o Dia do Estudante, motivou os alunos a continuarem em seus estudos após o ensino médio, relatou para tanto a história de Aquiles:

A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e seu irmão Posidão. Porém Prometeu profetizou que o filho da deusa seria maior que seu pai. Então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, intencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos é o guerreiro Aquiles. Sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, mergulhou-o, ainda bebê, nas águas do mitológico rio Estige. As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para o mergulhar no rio (daí a famosa expressão calcanhar de Aquiles, significando ponto vulnerável). Aquiles tornou-se o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda era mortal. Mais tarde, sua mãe profetiza que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Troia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, mas sendo logo esquecido.

Esta lembrança da lenda relacionada a Guerra de Tróia serviu de enredo para que o professor Paulo mostrasse ao público presente que podemos ser grandes ou pequenos para a história, isto depende de como encaramos a vida e o que fazemos para torná-la mais interessante e mais digna.

Durante as apresentações da noite tivemos ainda: apresentação mirim de carimbó; apresentação de grupo de dança do bairro São Félix; apresentação de karatê tanto infantil como de adulto e ainda tivemos nosso aluno Kelvin cantando uma cantiga de roda, onde todos o acompanharam batendo palmas e também cantando.

A equipe de alunos que ajudou a organizar o evento, juntamente com o professor Paulo Santana estão de Parabéns pelo belíssimo trabalho!







Mais flashes do público presente...


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

NOITE DO SABER POPULAR



A idéia é bem antiga, fazer um evento no dia do FOLCLORE. E, finalmente, com apoio de algumas pessoas, iremos realizar dia 22 de agosto de 2013, um evento onde contaremos com a presença de alguns oficiais do EXÉRCITO BRASILEIRO, falando um pouco da cultura do Rio Grande do Sul e preparando à moda gaúcha um suculento churrasco, ainda teremos a presença da LIGA PARAENSE DE KARATÊ, uma entidade localizada no Bairro São Félix que vem trabalhando junto a comunidade carente e desenvolvendo importante trabalho social. O objetivo deste evento é divulgar o saber popular junto a nossa comunidade estudantil e aproveitaremos o ensejo também para fazer uma homenagem aos mesmos, uma vez que neste mês também festejamos o DIA DO ESTUDANTE.
Não perca esta festa preparada especialmente para você caríssimo aluno!

Até lá!

Professor Paulo Sérgio Santana - Língua Portuguesa e Literatura

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Manifestações Populares - Brasil - Junho de 2013





O Brasil tem uma história secular de passividade sempre presente, que assistia, "conformado", a situações que afrontariam a muitos outros países: corrupção às claras, falta de investimentos em serviços básicos, aumento da violência urbana, aumento das favelas a cada ano, baixos salários da maior parte de sua população, enfim, a lista é imensa.
Então, há um ano que antecede a Copa do Mundo de Futebol, com a estreia dos jogos das Confederações, a sociedade brasileira tirou o foco somente das partidas de futebol, passando a visualizar outros setores sociais.
Assim, "quando se espalhou em São Paulo um protesto contra o aumento de 20 centavos na passagem de ônibus, todo o mundo sentiu que a coisa era bem maior", diz uma reportagem da VEJA, do dia 26 de junho de 2013. "Tão maior, mais inebriante, mas assustadora e mais apaixonante, que em uma semana, multidões bem acima de 1 milhão de pessoas jorraram Brasil afora numa noite histórica. Todos os parâmetros comparativos anteriores, como Diretas Já e Fora Collor, empalideceram diante do abismo aberto entre os representantes dos poderes, de um lado, e o poder dos que se sentem mal representados, de outro." (VEJA, edição 2327).

O QUE O POVO QUER?

Mais respeito, mais dignidade enquanto cidadãos, certamente! Pelos cartazes espalhados nas ruas se percebe claramente que a população quer mudanças urgentes! Precisamos manter o foco nisto! Temos que ir às ruas? Sim, é importante! e façamos isto com muita paz, muita honra! Qualquer partido político, qualquer governante, fica acuado diante da passividade da população, passividade esta com objetivos definidos e firmes.




domingo, 9 de junho de 2013

UFPA, ENEM 2013 e o destino da Literatura local

Publicado por Abilio Pacheco em 4 de junho de 2013

[Faça aqui o download do edital do enem]
A Universidade Federal do Pará decidiu nesta segunda-feira, dia 03 de junho, que adotará o ENEM como única forma de acesso à instituição em 2014 (leia a nota da instituição). Até o ano passado, apenas as notas de redação eram usadas no ingresso. O principal argumento é financeiro e será vantajoso (financeiramente, diga-se) tanto para a instituição quanto para os candidatos de baixa renda, estes não pagarão a taxa de inscrição e aquela deixará de custear entre 3,2 e 4 milhões de reais equivalentes às isenções.
Existem inúmeros motivos para se discutir sobre o exame seja como instrumento avaliativo de uma etapa do processo educacional seja como instrumento de acesso ao nível superior. Alguns já são tão clichês que pobre vai ficando esta crônica. E já vou de antemão dizendo que não sou contra o ENEM, mas sim contra parte de seu modelo e a maioria de seus usos.
Creio que o ENEM precise se desvincular dos vestibulares! O exame precisa voltar às origens. Precisa ser novamente um exame para avaliar o Ensino Médio. Ouvi exatamente isso do ex-ministro Paulo Renato, em 2010 em entrevista ao Entre Aspas da GloboNews: ”não se deve confundir um instrumento de avaliação de um nível da educação básica com um instrumento de acesso ao nível seguinte” (repito de memória). Da forma como está, a avaliação da educação básica é mascarada pela preparação dos candidatos que se estudam em cursinhos, convênios e preparatórios online. Além disso, não avalia o estado atual ou recente do ensino médio, pois candidatos que terminaram há 10, 15, 20 anos também realizam o exame. (É preciso lembrar que o ENEM também serve para adquirir o Ensino Médio. Veja o artigo 16 do edital)
Outro problema é a complexidade estrutural. Eles ainda usam aquela estrelinha (ver anexo II – pág. 37) que me parece resultar em questões que os nossos próprios professores de Ensino Médio (especialmente das escolas públicas) não conseguem responder ou simplesmente entender direito. Afinal, nem sempre questões que articulam conhecimentos de várias áreas são, de fato, compreendidas por professores de mais de uma área. Acostumados com a não-transversalidade muitos professores e alunos podem se deparar com questões herméticas.
Um terceiro problema é o fato dos conteúdos nacionais (desde antes dos PCN’s) serem regionalizados. Não é difícil lembrar que conteúdos nacionais ignoram que os currículos são regionalizados e que parte do que se chama nacional é, na verdade, o conteúdo de uma região econômico e culturalmente dominante. Sem contar que, diante das desigualdades escolares existentes no país e da razoável facilidade de migração das regiões ‘hegemônicas’ para as afastadas, uma prova nacional acaba por atrapalhar o acesso de alunos de regiões periféricas às vagas próximas regionalmente e tangíveis por nivelamento. Numa reação em cadeia, a demanda por especialistas em regiões afastadas se manterá in continuum
Talvez eu esteja sendo trágico demais e talvez esteja vendo negativamente demais, mas acho que o pior de tudo no uso do ENEM em todo o Brasil seja exatamente por causa do programa nacional. Nas últimas décadas, tivemos avanços importantes no estudo das mais variadas áreas do saber exatamente devido as peculiaridades regionais. Basta pensar, por exemplo, na Etnomatemática, nas linguagens regionais, na melhor compreensão das revoltas regenciais, nos estudos sobre as sociedades quilombolas e indígenas, na gastronomia e na produção de artesanato e no avanço no estudo de autores regionais de literatura. De uma forma ou de outra, a popularização do saber acadêmico regional se deve e muito à existência de um currículo que possibilite a inclusão desse saber no conteúdo do Ensino Médio. Não basta dizer que a população de tal ou qual região vai se interessar pelos saberes locais unicamente por serem locais. A sistematização, a didatização e a divulgação desses saberes são importantes e, no meu entendimento, a inclusão deles num currículo aberto melhor possibilitam isso.
No caso da literatura, e agora falo de um lugar mais específico, o conteúdo do ENEM parece deixar professores e alunos/candidatos sem um chão ou sem ‘o’ chão necessário nesta fase de aprendizagem. Confesso que já há algum tempo precisávamos deixar o estudo da história da literatura (a cronologia de escolas, estilos, obras e autores) por uma outra forma de estudar a literatura, mas não creio que o programa solidifica uma outra proposta plausível de ensino neste momento. A forma como está apresentado não encontra ressonância com nada que um professor de ensino médio encontre nos livros didáticos atuais ou mesmo nos conteúdos de literatura expressos nas ementas das disciplinas dos cursos de licenciatura em Letras. Muito embora possamos ler o que está nos livros didáticos (ou nas disciplinas da graduação em letras) sob o prisma indicado, o esforço que isso exigirá é muito grande levando em conta que a maioria dos professores de ensino médio vêm de uma formação diferente da proposta apresentada, em geral são sobrecarregados de turmas, alunos, cadernetas e planos, sem contar que normalmente dispõem de duas ou três aulas por semana para ministrar os conteúdos de gramática, interpretação de textos, produção de textos e literatura. Entendo que “relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário” (H-16), por exemplo, pode ser ensinado em aulas sobre o Barroco, mas creio que no final das contas, diante de um programa (ideal! idealístico, idealizado) o que vai acontecer é a velha e prática aula relacionando as características do período e depois mostrando as tais num texto modelar (“À mesma dona Ângela”) e talvez, talvez, uma imagem de uma igreja barroca; nem de longe sobrará tempo para mostrar que no Brasil o Barroco assumiu um aspecto próprio e faça os alunos “Reconhecer[em] a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional” (H-17).
Da leitura do edital no que se refere à literatura pude depreender ainda que o programa ao mesmo tempo em que diz muita coisa não diz especificamente nada; no entanto, parece dar um bom recado do que afinal quer. Podemos perceber isso, por exemplo, na falta de indicação de leituras mínimas. Por mais problemáticas que possam ser as listas de “leituras obrigatórias”, essa ausência torna o terreno já por si arenoso agora muito movediço e, contraditoriamente, parece apontar basicamente para duas coisas: deve-se ler o cânone e deve-se ler o cânone nacional. Um livro recente de Regina Dalcastagne indica que a literatura brasileira contemporânea é feito por homens, brancos, de classe média, moradores de metrópoles e que a maioria dos personagens protagonistas têm o mesmo perfil. Ora, esse não é mais ou menos o perfil do nosso cânone nacional. Já faz algum tempo que se luta por uma lista de autores e obras que respeite a diversidade no que tange aos estudos culturais. Precisamos resgatar autores negros, autoras (mulheres!), índios, precisamos manter a leitura de autores portugueses e reforçar o conhecimento que temos de autores africanos de língua portuguesa de modo inclusive a melhorar o conhecimento que temos de sua (nossa!) história.
Claro que sou a favor da regionalização dos conteúdos. Moderadamente, é claro. O menino de beira de rio deve saber também subir por uma escada rolante, assim como um menino metropolitano deve saber nadar. Afinal, não estamos amarrando elefantes em estacas; nossas crianças devem estar preparados para um mundo em que cada vez mais o normal é o trânsito e não a permanência. Sou a favor da regionalização dos currículos, mas também a favor da regionalização dos procedimentos de avaliação. A adoção do ENEM por parte da UFPA representará um retrocesso no estudo e na sistematização, didatização e divulgação de importantes questões regionais nas mais variadas áreas do saber. Apesar da importância, por exemplo, do estudo das comunidades quilombolas no Pará e da Cabanagem, dificilmente teríamos um público de mais de 100 adolescentes num auditório pacientemente ouvindo uma palestra se o assunto não estivesse numa pauta imediata para eles.
No caso da Literatura, (e aqui deixo de lado os problemas acarretados pelas brigas de hegemonia belencentrista e de formação de cânone local), no caso específico da literatura paraense, a relativa popularização de autores como o excepcionalmente bom romancista marajoara Dalcídio Jurandir e de um poeta de naipe plus-ultra como Max Martins (sem contar Adalcinda Camarão, Lindanor Celina e Maria Lúcia Medeiros) terão um retrocesso e quase irão desaparecer da formação de um público jovem leitor local. Justo no momento em que se buscava a presença mais representativa de autoras, e especialmente de autoras regionai, justo no momento em que lutava-se pela presença de autores negros, e especialmente autores negros paraenses, na lista das leituras da Ufpa. Justo no momento em que cada vez mais precisávamos colocar as letras paraenses no cânone nacional, especialmente fazendo a inclusão de um Bruno de Menezes entre os (pré-)modernistas e fazendo a devida inclusão de Belém nos estudos sobre o modernismo no Brasil… Justo agora, essa decisão do CONSEPE (Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPA) representa um marco negativo (e aqui banco a cassandra) nos estudos de autores paraenses e se funciona como um desmotivador para bons autores locais que há muito tempo esperam que suas obras tenham algum reconhecimento por parte da academia, mesmo que esse reconhecimento seja ‘apenas’ com a indicação de sua obra na lista do vestibular. Afinal, não se pode negar que além do reconhecimento de mérito, bons estudos e novas publicações surgem sempre que um autor é listado nas tais leituras.
Sem uma proposta plausivelmente didatizada (ou didatizável), preso ainda a um cânone implicitamente (não listado como “leituras obrigatórias”) e, o pior de tudo, alijando do processo autores regionais através de um conteúdo nacional, o programa do ENEM ora adotado pela instituição em que leciono pode colaborar para redistanciar a literatura de um público em formação, diminuir a popularização de um saber scholar (acadêmico) sobre os mesmos, inibir as publicações de livros desses autores, reduzir o interesse pela produção de textos monográficos sobre esses autores (a médio e longo prazo) e empobrecer a visão identitária e o conhecimento que os jovens leitores têm de sua própria terra e de sua própria história.
Lamentavelmente, há argumentos que vão sustentando o mal feito. Aliás, o que não falta (e não faltará) são agentes de uma certa “intelligentsia” que prega a diversidade e pluralidade, mas em nome da inclusão de todos, vai fazendo ‘males menores’ a uns poucos aqui e ali. Espero que as outras instituições de ensino superior (mesmo as privadas) melhor discutam sobre seus processos de acesso e sobre os conteúdos programáticos de modo a manter ainda um mínimo regional. Talvez com isso ainda seja possível por à baila o cânone literário local e – quiçá! – tentar incluir uns outros autores neste difícil carrossel de pedra.
Belém, 04 de junho de 2013.
Abilio Pacheco

Professor universitário, escritor de prosa e verso, revisor de textos e organizador de antologias. Mestre em Letras (UFPA) e doutorando em Literatura (THL-UNICAMP). Autor do romance “Em Despropósito (mixórdia)”, do livro de poemas “Canto Peregrino a Jerusalém celeste”, mais dois livros de poemas, participante e organizador de várias antologias literárias. É membro correspondente da Academia de Letras do Sul e Sudeste Paraense (com sede em Marabá), Cônsul dos Poetas Del Mundo para o Estado do Pará, Embaixador da Paz pelo Cercle Universal des Ambassadeurs de la Pax (Genebra-Suiça) e faz parte da AVSPE.

sábado, 1 de junho de 2013

Poema coletivo



A alma chora quando o coração pede socorro
Ouço tua voz e te abraço sem nem te tocar
Sol, que depois de uma noite triste, pode ser a luz da alegria
Ao meu levantar até o meu dormir, sempre estás comigo no dia de dor
O ser louco no mundo dos sonhos
Rio vermelho, o Rio bonito
Eu tenho saudades de minha cidade
Meus filhos, os frutos que Deus me deu
Águas que rugem com o mar
A lua está como o paraíso
Um por do sol à beira de um rio


*Poema escrito por todos os alunos participantes da Oficina de Poesia (21 a 23/05/2013) – Dinâmica: a partir de uma palavra cada aluno escreveu uma frase, aleatoriamente, sem saber do que o outro colega estava escrevendo. O resultado? Este belíssimo poema acima! – Orientações da dinâmica: Airton Souza (escritor marabaense)

quinta-feira, 30 de maio de 2013

ALUNOS PARTICIPANTES DA OFICINA "O FAZER POÉTICO" RECEBEM CERTIFICADOS

Alunos e alunas que participaram da oficina de poesia realizada na Escola JPA no período de 21 a 23 de maio, receberam os certificados de participação das mãos do ministrante Airton Souza. Foi com muito mérito que estes estudantes receberam estes certificados, pois produziram belíssimos poemas, tendo inclusive a possibilidade de transformá-los em Antologias Poéticas, a publicação está a caminho! 
Parabéns a todos que acreditaram neste projeto e, sobretudo, ao empenho do escritor Airton, que já é nosso colaborador e parceiro da escola.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

OFICINA DE POESIA "O FAZER POÉTICO" - 21 A 23 DE MAIO DE 2013

Vem sendo realizada na biblioteca de nossa escola uma oficina de poesia intitulada "O fazer poético", ministrada pelo escritor marabaense Airton Souza, o qual tem várias obras publicadas, compartilhando assim, com nossos alunos, esta maravilhosa arte de "poetar".

No 1º dia de oficina (21/05) o trabalho foi sistematizado da seguinte forma:
Teoria:
- O que é poema?
- O que é poesia?
- O eu-lírico e o autor;
- Diversidade Poética;
- Poemas são imagens;
- Temas poéticos.
Experiência de leitura:
- cada um participante escolheu um livro e um poema para leitura e comentários sobre o mesmo.

2º dia (22/05):
- Reflexões e questionamentos acerca do trabalho do dia anterior;
- O Fazer Poético em grupo: (cada um escreveu um verso sem olhar para os versos dos demais participantes, como resultado - ao juntar os versos -, foi feito um poema escrito por várias mãos).
- A outra dinâmica foi separar grupos de 5 participantes - a partir de uma palavra, cada um escreveu um verso - resultando em um poema de 5 versos - tema livre.
- Leitura de poemas e comentários.

 3º dia (23/05):
- A proposta para esta data será:
- Tirar dúvidas;
- Cada um participante receberá uma palavra para escrever um poema individual;
- Leitura de poemas e comentários;
- Cada um escreverá um poema com tema livre;
- Leitura e comentários;
- Os participantes, após fazerem os poemas, irão às salas de aula e lerão os mesmos para as turmas.
- Encerramento.

Vejamos alguns flashes da oficina:

Airton Souza orienta os participantes da oficina de poesia sobre os versos a partir de uma palavra (tema livre)